CUIDADO! Este blog é só pra OMES ja crescidos! Tirando apenas estas excepções:

o ZÉ TOLAS, que é baixinho,
o OME DO MONTE, que ainda não chegou lá,
o QUIM PESCAS, que já nasceu grande,
o TONE BOSTAS, que em vez de lá chegar deu uma cabeçada,
e o LA BOUSSE, que nos mandou a todos à la merde.







20/04/2008

AS OMAVENTURAS

Photobucket

As pessoas nem queriam acreditar.

Ah, o meu amigo quer saber em quê. Acha-se crédulo? Ora pois bem. Imagine que era consigo. Vamos lá testar o seu cepticismo.

Estava, pacatamente, na rua, no seu dia normal, a fazer compras ou a discutir qual-quer coisa, como qualquer ser humano que se tenha habituado a viver em sociedade faz, e eis que passa por si uma CARRIPANA, ou melhor, uma carrinha de caixa aberta, como os comerciantes usam, ou aquelas pessoas do interior que gostam de espaço para transportar mercadoria.

Até aí tudo bem.

QUEM IA A CONDUZIR? Imagine você um gajo rude do campo. Mas há muitos gajos rudes no campo, diz você. Um gajo rude, daqueles que batem na mãe! Este não é qualquer gajo rude do campo. Um OME da lavoura, alto, forte e com bigode. E estava apressado. ESTAVA VISIVELMENTE APRESSADO. Mas porque seria?

Provavelmente estará a pensar que qualquer um tem pressa. E, aí, estou forçado a concordar consigo. Sim, é verdade. Qualquer um tem os seus motivos para acelerar no meio de uma cidade cheia de gente, levar à frente tudo, subir passeios, buzinar aos peões para sair do caminho e ignorar sinais, e por aí adiante.

A QUE VELOCIDADE? Vamos arriscar uns 80 quilómetros por hora. É possível. É uma contra-ordenação muito grave nas localidades, mas pronto. Se os carros dão, é possível. Até provável, de vez em quando.

Mas prossigamos. AO LADO DO CONDUTOR, mais precisamente à sua direita, você via um gajo com um fato de funcionário de limpeza, denominado, pela sua eti-queta, “João Vítor”. ATÉ AÍ, TUDO BEM. AGORA, o facto de ele estar com os pés amarrados é que não dá com nada. JÁ PARA NÃO FALAR DA CAÇADEIRA DE DUPLO CANO QUE TRAZIA NAS MÃOS, com a qual ia a tentar fazer mira atra-vés da janela. MAS A QUEM?

Naturalmente perguntar-se-á a quem. É normal.

É CAPAZ DE SER AOS CHINESES, que vinham em perseguição, em três carros negros e potentes, sem olhar a nada, a acelerar pelas ruas da pobre cidade CAPITAL.

ATÉ AQUI, bem, o leitor é capaz de compreender. Dificilmente, compreenderá. MAS É POSSÍVEL.

Isto até é plausível de se passar. EM CASOS MUITO EXTREMOS, é. Já se há-de ter visto em alguns filmes. Uma pessoa é capaz de pensar nisto de vez em quando. MAS O PROBLEMA É QUE ISTO NÃO FICA POR AQUI.

AINDA FALTA UM GAJO.

Imagine que ele ia em cima do capot da viatura. DE PÉS E MÃOS ATADOS, CHEIO DE TERRA, A VER SE NÃO ERA CUSPIDO FORA DE BORDO, COM O QUEIXO A DOER POR CAUSA DA PANCADA QUE DEU NO VIDRO.

Aqui, meu amigo leitor, ui, aqui sim, o meu amigo levará as mãos à cabeça.


O QUIM PESCAS contorcia-se em cada curva, pensando sempre que era a última que ia fazer antes de ser enviado directamente para o chão; O OME DO MONTE procurava atinar com a estrada mas o QUIM estava a bloquear grande parte do seu campo de visão; O ZÉ TOLAS, por várias vezes, tentava disparar para os chinos mas não conseguia entender-se com a caçadeira do OME DO MONTE.

“NÃO, AO CONTRÁRIO, TOLAS, AO CONTRÁRIO!”, berrava o OME DO MONTE, “RAIOS TE PARTAM, TOLAS, PARECES UMA MULHER!”

“O QUE RAIO QUERES QUE EU TE FAÇA?”, berrou o ZÉ TOLAS, já furioso.

“DISPÁRA DIREITO!”

“COMO É? ASSIM?”, e o ZÉ TOLAS disparou, só que com o impacto e o movi-mento do veículo orientou a arma para outro lado e explodiu com todos os balões que tinha um vendedor de balões, para grande espanto deste. E lá foram dois cartu-chos.

“TOLAS, CONDUZ!”, ordenou o OME DO MONTE, a fumegar, “E DÁ CÁ A ARMA!”

Ainda mesmo sem saber como, o ZÉ TOLAS deu-lhe a caçadeira e ocupou-se, todo torto, do volante do OME DO MONTE, que acelerava a fundo. Por muito que qui-sesse ver a estrada só conseguia deparar-se com os olhos esbugalhados de pânico do QUIM PESCAS, que estava assim desde que se colara ao vidro do carro. O OME DO MONTE sacou de dois cartuchos novos, meteu-os nos canos, ASSOMOU À JANELA, E BANG, DISPAROU UMA VEZ, BANG, DISPAROU DUAS, e encheu de furos o carro que os perseguia, e com a vontade de apanhá-los bem apa-nhados afundou o pé no acelerador.

“NÃO ACELERES MAIS!”, desesperou o outro.

ZÉ TOLAS não pôde impedir de entrar num parque de estacionamento de um hipermercado, e ia direito a uma lomba enorme já com o carro a derrapar um bocado de lado. Não havia maneira de desviar a tempo….

“CUIDADO QUIM!”, gritou o ZÉ, E O CARRO SALTOU E O QUIM SALTOU COM ELE, E LÁ FOI O QUIM, pelos ares, E CAÍU DE PÉ NUM CARRINHO DE COMPRAS DE UMA VELHA, que barafustou, e, com a força a que ia, o carrito lá começou a descer uma ladeira enorme, descontrolado, com o pobre do QUIM no seu interior a gritar que nem um perdido.

NISTO, O OME DO MONTE E O ZÉ IAM NOUTRA DIRECÇÃO.

“OLHA O QUIM!”, disse o ZÉ TOLAS, “VAMOS PERDÊ-LO!”

“É MELHOR PERDÊ-LO! DEPOIS VIMOS BUSCÁ-LO! AGORA É MUITO PERIGOSO!”

Os carros dos chinos aceleravam atrás deles, sem hesitar em puxar pelos carros. Nem repararam no desvio do QUIM.


Uma rapariga, muito, muitíssimo nervosa, caiu no erro de ir beber um café. É o seu pecado. Já nos exames da faculdade se comporta assim. Sabe a matéria toda na ponta da língua. Mas vai, obediente ao vício, beber café na mesma. Cafés duplos. Depois, fica toda nervosa, treme por tudo quanto é lado e isso só lhe dificulta a concentração.

Estava precisamente no dia do seu exame prático de condução. Já esperara perto de cinco minutos junto ao carro no qual a iam examinar. E o Sr. Engenheiro que nunca mais chega… e ela já está toda tremeliques! Já começou a fase em que põe a causa de está realmente preparada para o exame ou não.

Respirou fundo. Entrou no carro. Meteu o cinto, e tentou ambientar-se ao veículo onde tivera trinta aulas de uma cinquenta minutos cada durante os últimos meses. Passou as mãos pelo tablier, pela manete de mudanças, em ponto morto, e pelo guia-dor, e pelo travão de mão. Pela cara, por fim. Respirou fundo de novo. E o maldito do homem que nunca mais chega!

Bem, se ela estivesse mais relaxada, certamente tinha reparado no que os espelhos retrovisores mostravam.

Atrás do seu veículo, um gajo amarrado e cheio de terra em cima dos sacos de com-pras do interior de um carrinho de compras veio a descer a rua. O carrinho bateu na borda de um passeio, capotou, e o gajo, depois de um curto voo, caiu redondo no chão. Depois, para espanto das pessoas que passavam, e com a ajuda de algumas, desembaraçou-se finalmente das cordas, e olhou em volta, à procura de um carro.

Ela fechara os olhos, a tentar aliviar o stress. MAS DE REPENTE, SALTOU, por-que ABRIRAM A PORTA. ENTROU O QUIM PESCAS NO CARRO. Fechou a porta à patrão e meteu o cinto de segurança de seguida.

“Ah, uh, olá, Sr. Engenheiro, boa tarde…”, começou ela, já toda descontrolada. Mas o QUIM tinha resposta pronta para ela.

“TOCA A ACELERAR! PREGO A FUNDO! ALA QUE SE FAZ TARDE!”

(...)

E não percam, brevemente, a nona OMAVENTURA!

18/04/2008

DIA INTERNACIONAL DO OME

É por estas razões que no dia 20 de Abril se irá comemorar o 1º DIA INTERNACIONAL DO OME.
NUNCA LI TANTA VERDADE JUNTA EM TÃO POUCAS LINHAS.......
Porque nós os homens também merecemos...
Ser homem é:
- Sentir a dor física de uma bolada nos tomates;
- A tortura de ter de usar fato e gravata no Verão ;
- O suplício de fazer a barba todos os dias;
- O desespero das cuecas apertadas;
- A loucura que é fingir indiferença diante de uma mulher sem soutien;
- A loucura de resistir olhar para umas belas pernas com uma mini-saia;
- Ir à praia com a sua mulher e resistir olhar para aquele mulherão que está deitada ao lado
- Viver sob o permanente risco de ter de andar à porrada com outro homem;
- Vigiar o grelhador no churrasco ao fim de semana, enquanto todos se divertem;
- Ter sempre de resolver os problemas do carro;
-Ter dinheiro sempre que ela precisa;
- Ter de reparar na roupa nova dela;
- Ter de reparar que ela mudou de perfume;
- Ter de reparar que ela mudou a tinta do cabelo de loiro 713 para 731 loiro/bege;
- Ter de reparar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja só 1cm;
- Ter de 'jamais' reparar que ela está com um pouco de celulite;
- Ter de 'jamais' dizer que ela engordou, mesmo que seja a pura verdade;
- Desviar os olhos do decote da secretária, que se faz distraída e deixa a blusa desabotoada até ao umbigo ;
- Ter a obrigação de ser um atleta sexual, mas só quando a ela lhe apetece;
- Ter a suspeita de que ela, com todos aqueles suspiros e gemidos, só está a tentar incentivar-nos;
- Ouvir um NÃO, virar para o lado conformado e dormir, apesar da vontade de partir o quarto todo e fazer um escândalo ;
- Ter de ouvi-la dizer que está sem roupa, quando o problema é onde colocar novos armários para guardar mais roupa;
-Ter de suportar ciumes doentios quando nao há razäo pra tal;
- Ter de almoçar aos domingos na casa dos sogros, discutir política com aquele velho chato, tratar bem os sobrinhos, controlar-se para não olhar para o decote da irmã dela e não arrear um arraial de porrada ao irmão dela, sacana do caraças que só vem sempre pedir dinheiro emprestado.
Depois Elas ainda acham que é fácil, só porque NÃO TEMOS O PERÍODO!
Falta uma coisa muito importante que acontecia e ainda acontece a quem usa calças (e tem tomates)
- Entalar a gaita na porcaria do fecho. São duas dores...... É o entalanço e depois abrir o fecho outra vez......
Estão a ver. Ter um filho só custa no parto!?!?! NAO... O HOMEM TAMBEM SOFRE...

14/04/2008

AS OMAVENTURAS

Photobucket

ZÉ TOLAS e QUIM PESCAS CAÍRAM NO TERRAÇO DAQUELE IMENSO ARRANHA-CÉUS, cuspidos pelo escritório elevatório do Ping Li Pong. Ainda amarrados e bem amarrados por nós que não eram cegos, no meio dos cacos do vidro fosco que atravessaram a eito, deram um jeito para se conseguir levantar, o que se provou difícil. Habituaram os olhos à claridade e tentaram equilibrar-se em cima dos pés. Não havia protecções nas bordas da construção. Via-se a CAPITAL toda, mais os outros edifícios da Ping Digitália a toda a volta daquele complexo enorme, que até tinha uns jardins catitas e umas árvores numa espécie de parque adjacente, a cerca de cem metros de profundidade.

“ZÉ, ESTÁS BEM?”

“TOU! E TU?”

“VAI-SE ANDANDO!”, bradou o QUIM, visivelmente excitado por toda aquela maluqueira.

Bem, facto é, tinham escapado ao Ping Li Pong. Mas ainda não estavam a salvo. QUIM rodou sobre si, rodando também o ZÉ, como é evidente.

“ESTÁS A OUVIR O MESMO QUE EU?”, disse QUIM.

“TOU!”

O barulho das hélices de um helicóptero a trabalhar era inconfundível. Era tão alto que forçava-os a berrar para conseguir ouvir-se um ao outro.

“Ó ZÉ, ACHO QUE ESTÁ PARA AQUI O HELICÓPTERO EM QUE ME TROUXERAM! VÊS ALGUMA COISA DESSE LADO?”

“NÃO!”

“EU VEJO MAL AO LONGE! VOU RODAR! VÊ TU DAQUI!”

Rodaram em si outra vez. ZÉ TOLAS percebeu que o terraço ainda se estendia por uns bons metros quadrados. O próprio topo do edifício tinha vários andares, e eles estavam no mais baixo de entre eles. O helicóptero estaria, provavelmente, no de cima.

“Temos de subir uns pavimentos.”

“HÃ?”

“TEMOS DE SUBIR!”

“VAMOS EMBORA!”, disse o QUIM, a tentar saltar em direcção ao isqueiro em forma de pistola que caíra para ali, e pegou-lhe com vontade, “VENHAM ELES!”

Mancaram o que puderam até ao limite daquele bloco, e foram saltando pelas esca-das, uma a uma, magoando-se um, magoando-se o outro, depois tropeçaram e caíram rebolando até a um outro piso. Finalmente, contornaram uma esquina e outra e viram o helicóptero a começar o seu funcionamento na área com um enorme “H” no pavimento.

“QUIM, O QUE É QUE ESTÁS A PENSAR FAZER?”, disse ZÉ TOLAS, mal se sentiu a ser arrastado na direcção do meio aéreo.

“A LIMPAR O ESTERCO QUE FIZ”, justificou o outro.

“COM MAIS ESTERCO AINDA?”

Só estava o piloto no helicóptero. Provavelmente, e porque estava a retomar a mar-cha, e a iniciar o motor, ia-se embora, uma vez trazido o QUIM lá dos altos mares onde o pescaram. ZÉ não percebia o que é que o pescador, amarrado e indefeso, estava a pensar fazer. Mas tudo se tornou muito claro quando pincharam até à máquina e subiram a bordo. O QUIM, com os pulsos presos e juntos, ergueu a pisto-la para o piloto chinês com uma cara bastante ameaçadora.

“STOP! PAROU!”

O piloto pode não ter ouvido o que disse o outro, mas percebeu perfeitamente a mensagem. Afastou logo as mãos dos comandos e ergueu-as acima da cabeça. Mas ZÉ TOLAS não percebia.

“QUERES FICAR AQUI?”

“HÃ?”, pensou o QUIM, “… NÃO!”

Voltou a virar-se para o piloto.

“TOCA A ANDAR! UPA! UPA!”

Soou a sirene de alarme no edifício dos chineses. O piloto levantou voo, e, se não fosse o ZÉ a agarrar-se com os dez dedos que tinha nas mãos, iam os dois OMES cuspidos de volta ao cimento da área “H”. A muito custo, meteram-se no banco do co-piloto, os dois atafulhados um no outro, o que só atrapalhou o condutor, que começou barafustar e a gritar muito. Esta sua reacção é compreensível, visto que as botas do QUIM carregaram inconscientemente numa série de comandos e nivelado-res.

“TEM CUIDADO!”, disse o ZÉ TOLAS, “AINDA NOS MATAS!”

“O QUÊ?”

O helicóptero, já bastante alto, começou a dar umas voltas indevidas, e a perder alti-tude rapidamente, o que só contribuiu para mais confusão no seu cockpit. E vai uma bota para a cara do chinês, e a tola do ZÉ para cima dos interruptores todos, mais um braço do QUIM nos rins do ZÉ, e, tudo somado, uma confusão, e o helicóptero caiu a pique.

GRITARAM TODOS QUE NEM UNS PERDIDOS, O ESTÔMAGO QUASE A SAIR-LHES PELA BOCA, e o desgraçado do PILOTO, desesperado, meteu as mãos por entre os dois OMES, num gesto desesperado para regular o helicóptero, pôs uma mão no volante controlador e outra no lugar onde tinha guardado o canivete que usava de vez em quando para cortar as unhas. Pegado no canivete, ia a enfiar a lâmina num dos OMES quando o veículo guinou para um lado, e depois para o outro, e o QUIM pegou no canivete, e cortou a corda que o ligava ao ZÉ a algum custo, e nisto tudo o helicóptero já estava quase a colidir contra o solo. Um murro no chinês, outro que foi recambiado para os controlos sem querer, e a hélice endireitou-se no último momento. Os ferros inferiores da máquina tocaram violentamente no chão, BATERAM TODOS NO TECTO e CAÍRAM OUTRA VEZ.

Adeus jardins tão bem arranjadinhos. O helicóptero, com toda a velocidade a que vinha, entortou e tombou; voou o QUIM para fora do veículo, e o ZÉ, já solto do outro, embora com as mãos e pés atados, ia tentar fazê-lo, mas arriscava-se a ser fei-to carne picada pela lâmina que ainda rodopiava no seu eixo, escavando na relva e mandando tufos de terra para todo o lado.

QUIM caiu ao chão e ainda cambaleou ao levantar-se. Olhou para a sua frente. A LÂMINA ESTAVA A ABRIR UMA FOSSA NO CHÃO DO JARDIM, ATIRANDO TERRA PARA TODOS OS LADOS, E VINDO NA SUA DIRECÇÃO, PRONTA PARA LHE CORTAR A CABEÇA.

QUIM saltou imediatamente para o chão e começou a rebolar de lado dali para fora, tão rápido como o seu amor à vida o exigia. Sentia a deslocação do ar a sugá-lo, mas NÃO CEDIA!

Por outro lado, o ZÉ já saltou na direcção oposta, e começou a correr, assim que se levantou, em direcção das árvores. Já conseguia ver, nas entradas dos edifícios, dezenas de chineses a agrupar-se e a carregar armas. TIROS!

OS CHINOS COMEÇARAM A DISPARAR! ZÉ refugiou-se atrás de uma árvore imediatamente, aos pinchos porque é lixado andar amarrado, MAS TINHA O CANIVETE DO PILOTO PARA CORTAR O RAIO DAS CORDAS. QUIM, ainda a comer terra, lama e penas de uma pomba sem sorte, fazia os possíveis por se man-ter afastado da lâmina letal. Ouvia, de vez em quando, uns tiros a fazerem ricochete, mas não fazia caso. Entre disparos e ser feito carne para salsicha, venha o Diabo e escolha.

ZÉ sentia os chinos a aproximarem-se demasiado. Era o fim. Agora não havia hipó-tese. MAS, DE REPENTE, APARECEU UMA CARRINHA DE CAIXA ABERTA por entre os montes do jardim, QUEM ERA? UM CHINO?

ERA O OME DO MONTE!

“SALTA, ZÉ!”

ZÉ nem pensou duas vezes: saltou pela janela para o lugar da frente da carripana do OME, mesmo em andamento, ficando com metade das pernas de fora a mexer em seco. TINHA O CANIVETE. CORTOU AS CORDAS DAS MÃOS.

“O QUIM?”, inquiriu o OME DO MONTE. Mas logo o viu. TRAVOU A FUNDO. O QUIM ESTAVA ENCURRALADO. SE O HELICÓPTERO GIRASSE mais um bocado sobre si, ELE FICAVA À MERCÊ DOS TIROS.

“APANHA-O!”, gritou o ZÉ.

“E COMO É QUE EU O APANHO?”, berrou o outro. NESSE MOMENTO, UMA EXPLOSÃO DESCOMUNAL abanou toda a gente. O OME DO MONTE até pen-sou que fosse o da sua carripana, mas não era, graças a Deus. O motor do helicóptero EXPLODIU, e uma das lâminas enterrou-se a centímetros da cabeça do QUIM e a outra RASOU a carripana do OME DO MONTE, indo de encontro aos chineses que disparavam tiros, apanhando alguns de surpresa. O OME DO MONTE ACELE-ROU, O QUIM PESCAS SALTOU para cima dele, E DEU COM O QUEIXO NO VIDRO DA FRENTE DO CARRO DO OME DO MONTE, que fez meio pião qua-se com as rodas de lado, invertendo assim a marcha e acelerando dali para fora, sempre com o equilíbrio necessário para o QUIM (que não tinha as mãos soltas, logo, não se podia segurar) não sair cuspido de cima do vidro da frente do carro do OME DO MONTE.

ZÉ SOLTOU AS MÃOS. NO ESPELHO RETROVISOR, VIAM-SE CHINOS A ENTRAR EM CARROS. O OME DO MONTE METIA A TERCEIRA E ACELERAVA.

“PEGA NA MINHA CAÇADEIRA, QUE ESTÁ NO PORTA-LUVAS!”, disse o OME DO MONTE PARA O ZÉ TOLAS, “E CHOVA CHUMBO PARA CIMA DELES!”

(...)

Não percam, brevemente, a próxima OMAVENTURA!